domingo, 15 de novembro de 2009

O Diabo resenhado!







Pessoal acabei de ler, diga-se de passagem, com uma satisfação dos infernos, a resenha assinada pelo jornalista Felipe Damo do livro que acabei de lançar. Como o próprio Damo diz em sua reflexão sobre Onde o Diabo Perdeu as Botas, ele é suspeito pra comentar sobre o livro - ele assina o prefácio -. Contudo, faz uma ressalva, dizendo que uma coisa é prefaciar, outra é resenhar. É isso aí, Damo!

Aqui está a resenha:


"Que número o Diabo calça?
14 de Novembro, 2009

Ele não desiste. O escritor pernambucano radicado em Itajaí, Hélio Jorge Cordeiro, acaba de lançar o seu segundo romance em terras catarinas. Sei que sou suspeito em falar, uma vez que coube a mim a honra de prefaciar a obra. Porém, apresentar é uma coisa, resenhar é outra. Helinho chega ao seu segundo romance mostrando um amadurecimento de estilo, uma trama mais densa e uma riqueza de detalhes que talvez seja o maior diferencial entre o primogênito e o caçula dessa prole literária.

Ainda com traços de sua carreira de roteirista do glorioso cinema nacional brasileiro, Onde o Diabo Perdeu as Botas poderia, sem muito esforço, ser adaptado ao teatro ou ao cinema. É uma daquelas tramas nas quais o leitor se vê obrigado a imaginar o take já no instante em que os olhos galopam sobre o emaranhado de letras. A história fácil e envolvente toma lugar diante dos olhos, ali, na rua na frente de casa. Não requer muita abstração.


Nesta segunda aventura pela sinuosa e longa estrada da literatura, Cordeiro trabalha melhor as personagens que são, sem dúvida alguma, o ponto alto da obra. O autor capricha na descrição e nas idiossincrasias de cada um deles. A comparação com Dias Gomes, outro comunista dado às letras, é inevitável e, a meu ver, honrosa. É assim na concepção das personagens, seus conflitos, dilemas e fraquezas. E o clima interiorano, com aquele jeitão de “os confins da pátria mãe gentil” também ajuda no tempero da história, que margeia o realismo fantástico, tão caro aos autores latino-americanos e ainda tão pouco explorado pelos escritores brasileiros, muitas vezes americanizados no estilo e no espírito.


A história é leve, flui maravilhosamente bem, e está salpicada de um humor inteligente, outra marca registrada do autor boa-vida. Ou como é que você imaginaria a visita de Belzebu ao sertão do Brasil?


Com Onde o Diabo Perdeu as Botas, Hélio Jorge Cordeiro mostra mais uma vez que é possível fazer uma literatura mais próxima do entretenimento, sem hermetismos, e com a simples ambição de contar uma boa história, como nos velhos tempos, como nas cidadezinhas de interior, como nas rodas de botequim, onde velhinhos recordavam causos memoráveis e onde, vez ou outra, o diabo, de fato, aparecia.

Felipe Damo"

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

FESTIVAL DE MÚSICA O CUBANCHEIRO - Vitor Araújo, um jovem arretado !

Ontem, 04 de Nov., tive a grata satisfação de assistir a um show do jovem pernambucano Vitor Araújo. Um virtuosi sem dúvida.

Aqui está uma mostra de seu talento e nada melhor do que vê-lo e ouvi-lo tocar o clássico Asa Branca de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira: