domingo, 25 de outubro de 2009

FINALMENTE, LANÇADO!


















OBRIGADO A TODOS QUE ESTIVERAM NA LIVRARIA CASA ABERTA, NO LANÇAMENTO DE MEU LIVRO ONDE O DIABO PERDEU AS BOTAS!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Velho e decrépito ou o desprezo com a própria história.























Já faz tempo que eu gostaria de comentar aqui acerca do Mercado Público de Itajaí. Esta semana foi a gota d’água. Não aguentei ver os problemas por que enfrenta aquele prédio público. Foi lamentável ver o estado precário em que ele se encontra. Assim, diante disso, decidi abrir a boca sobre o assunto, aqui no meu blog.

Começo pelos caibros que sustentam o telhado do velho prédio que estão em condições sofríveis; os cupins fazem a farra. Tá certo, já existe a farra do boi, por que não a farra dos cupins? Dá pra notar que as vigas de madeira, as maiores e mais resistentes, as que adornam os quatro arcos que formam as entradas para o seu interior, estão cedendo. Sem falar no telhado, completamente carente de reposição. As velhas telhas inglesas, já completamente desgastadas, pedem substituição imediata. Para provar o que estou falando, basta aparecer lá no mercado num dia de chuva. É um Deus nos acuda. Goteiras por todos os lados. A fiação elétrica nem se fala. Do jeito que tá, logo pode ser acusada de por fogo (mais uma vez!) no edifício. O chafariz, que fica no centro de seu pátio, mais parece um monumento daqueles que adornam os cemitérios ingleses. As calhas que cortam a cobertura pedem socorro. E por aí vai. Os banheiros são o que podemos chamar de coisa do demo! Se eu aqui estivesse escrevendo algum conto, eu diria que a merda teria medo de ali cair. Eu digo e insisto: se torna urgente uma reforma naquele lugar público e, por conseguinte, novas políticas para a sua conservação.

Infelizmente, a população não se dá conta do que está acontecendo por lá. O governo municipal - Fundação de Cultura e o Patrimônio Histórico- , é o responsável direto em preservar aquele lugar. Se eles disserem que será difícil para os atuais locatários enfrentarem uma reforma pra valer, eu diria que não – olhem que eu não sou nenhum engenheiro ou arquiteto!- Eu digo que se pode arrumar um espaço para todos até concluídas as obras; eu sugiro que todos os locatários fiquem provisoriamente numa estrutura coberta ao lado onde se encontra o Mercado de Peixe. Um bom projeto mostrará que é possível. Nada complicado a meu ver. Sugiro também, que se faça um concurso para que arquitetos de Santa Catarina apresentem seus projetos de reforma do velho mercado sem que lhes tirem as características originais. Um prêmio poderia ser oferecido por algumas entidades locais. Só o fato de ajudar a preservar a história desta cidade já seria um grande galardão.

Eu, francamente, espero que algum vereador sério, possa levar esta discussão em plenário e denuncie a situação calamitosa por que passa o Mercado Público de Itajaí.


Enquanto a velha construção não desabar sobre nossas cabeças, ninguém irá fazer nada, pelo jeito. Já a minha pessoa, entre um trago e outro, vai ficando de olho para não ser vítima, junto a ele, desse descaso para com um dos mais importantes cartões postais da cidade.

domingo, 18 de outubro de 2009

Desta vez Dona Beja se complicou!



























Lamentável a repercussão do vídeo com a Maitê Proença pra GNT (Rede Globo!), levando ao ridículo os portugueses (em Portugal!), em suas intervenções pelos arredores de Lisboa.

Lamento por dois motivos: o primeiro, porque uma atriz tão cheia de talento se dispor a passar por essa situação em nome de uma rede de televisão que a cada dia mostra a que veio: desinformar a grande massa. Segundo, é o fato de ser porta voz de um lado preconceituoso desta nação brasileira que ainda não se conforma em ter sido colônia de Portugal e não de Holanda, França ou quem sabe da Alemanha (no fundo, gostaria de ser uma Porto Rico!).

Dia sim, dia não, ouço alguém dizer que não é descendente direto dos açorianos. Por quê? Claro, ser descendente daquela gente não é fato de orgulho, mas de vergonha. Ora, pois! Faz mais de 200 anos que deixamos de ser colônia de Portugal, carago! Complexo de colonizado, é claro! Bom, é mesmo muito bom que os Portugueses tenham se manifestado, repudiando esse tipo de brincadeira. Vai ficar, a partir de agora, mais difícil se apresentar na santa terrinha. Bem feito! Quem mandou falar mal de nossos antepassados?

Dizem que fantasmas não existem, mas que eles estão aí a nos amedrontar. Eles estão, só que aqui mesmo, através de canais de TV como a GNT, por exemplo.


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Copacabana Mon Amour e outras lembranças


Esta semana tive a oportunidade de assistir a “Copacabana Mon Amour”, produção de 1970, escrito e dirigido pelo catarinense Rogério Sganzerla.

Tive o prazer de desfrutar da amizade de Rogério quando o conheci em 1968, em São Paulo, durante a produção do filme O Bandido da Luz Vermelha. Naquela ocasião, me encontrava em sampa, levado pelo meu irmão, José da Costa Cordeiro, ou Déca, como ele era conhecido no meio cinematográfico e que ajudou a produzir o Bandido - Déca trabalhava na Urânio Filmes produtora do filme. Alguns anos depois, vou reencontrar Rogério no Rio de Janeiro, quando eu trabalhava na Embrafilme. Naquele período, Rogério andava muito amargo e revoltado com o setor cinematográfico brasileiro, que, segundo ele, travava mal os cineastas fora da “igrejinha”, - se leia ai os Barretos e os Farias, provocando muita polêmica no meio.

Voltando a Copacabana Mon Amour, o filme mostra o comprometimento de Rogério com um tipo de cinema mais despojado, quase anárquico, que, a meu ver, foge do cinema novo - movimento cujo símbolo maior foi o diretor baiano Glauber Rocha. Rogério já havia se consagrado com O Bandido da Luz Vermelha, sua obra-prima e que lhe valeu a alcunha de diretor underground. Com Copacabana, mais uma vez, o diretor volta a quebrar as normas, tanto do ponto de vista do cinema convencional, quanto do próprio cinema novo.

Apesar de Copacabana Mon Amour ter uma idéia um tanto simples, Rogério usa e abusa da retórica como apoio para seu discurso filmado. O filme é recheado de várias indiretas - já que estamos falando de uma produção de 1970, quando reinava o famigerado regime de exceção e, portanto, a censura – como, por exemplo, quando Sônia Silk (Helena Ignez), a personagem principal, faz ponto ao lado de uma viatura da polícia ou quando o malandro-cafetão pede dinheiro para uns marinheiros americanos em Copacabana. Até mesmo numa cena em que Sônia fica “presa” do lado de fora de um edifício, batendo no vidro desesperada, enquanto sua amiga (Lilian Lemmertz) fica do lado de dentro. Anteriormente, a amiga de Sônia repetia insistentemente que Sônia fosse para a Argentina, uma referência à situação por que passavam todos os brasileiros que se opusessem ao regime daquela época e cuja alternativa era o exílio.

O filme “conta” a história de uma jovem, Sônia Silk, interpretada por Helena Ignez, - mulher de Rogério e ex-mulher de Glauber Rocha - que sonha ser cantora da Radio Nacional e tem um relacionamento incestuoso com seu irmão, Vidimar, papel de Otoniel Serra, apaixonado pelo patrão. Sônia odeia pobre porque ela mesma é pobre. Ela repete isso várias vezes. Sônia busca seu sonho de cantora apelando para um pai de santo, como faz a maioria dos brasileiros.

Também completando o elenco, Lilian Lemmertz, Guará Rodrigues e Paulo Villaça como o patrão. Ah, o antológico pai de santo Joãozinho da Goméia faz uma ponta interpretando ele mesmo.

A prostituta sonhadora, o malandro-cafetão, o trabalhador-homossexual-passivo, o patrão-homossexual-ativo e o pai de santo-religião, são os personagens que Rogério nos apresenta, como um espelho de uma sociedade explorada, decadente e, o pior, que sem perspectivas de mudança.

A trilha sonora é assinada por Gilberto Gil e pelo próprio Rogério, que aproveita o seu sarcasmo pra fazer uma brincadeira com o seu sobrenome: Sganzerla.

Por fim, este filme é mais um deboche desse grande pensador chamado Rogério Sganzerla, que usou a imagem para falar de suas inquietações e indignações de forma muito particular.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Agora vai! Uma amostra grátis do que vem aí!




























Pessoal, aqui vai um trechinho do livro enquanto não chega o dia 30 de Outubro, a nova data para o seu lançamento. Agora vai!
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"(...) A viagem transcorreu sem maiores atropelos. Somente um pneu furado; a troca do escape, que havia se escangalhado logo nos primeiros 200 km. O que mais me deixou estressado foi a falta de gasolina, num trecho em Minas Gerais. Isso foi o mais difícil, pois me fiei na economia que meu carro fazia. Era um Fiat Pálio. Achei que daria para reabastecer mais alguns quilômetros na frente. Grande erro o meu. Fiquei sem combustível, parado no acostamento de uma rodovia cujo asfalto era apenas uma lembrança do passado. Tive que pegar uma carona com um caminhoneiro que me deixou no posto mais próximo. Conversei com o gerente do posto para ele me levar de volta ao meu carro com a gasolina necessária para retornar ao seu posto. Depois de muita conversa e uma grana extra pelos serviços, o mineiro aquiesceu e partimos no carro dele, um Jeep, até onde o meu carro estava.
Já estava perto de escurecer. No caminho, sentado ao seu lado, vi que ele levava na cintura um revólver. Acho que era um 38. Ele notara que eu havia visto a arma em sua cintura e disse-me com seu sotaque carregado:
– O senhor tem muita sorte, pois praquelas bandas onde tá o seu carro tem muito assalto, sô.
Eu apenas respondi com um:
– Puxa!
Depois disso, ele ficou em silêncio. – Coisas de mineiro! – pensei.
Finalmente, chegamos ao local onde estava o meu carro. Encostamos atrás dele. Descemos. O mineiro, carregando um galão de gasolina e uma mangueira de plástico, e eu, carregando comigo maus pensamentos. O mineiro continuou a conversa tempos depois.
– É uma quadrilha.
– É mesmo? – eu disse tentando entender de que se tratava da continuação de nossa conversa da estrada.
– Eles já deixaram muito defunto espalhado ao longo dessa estrada. Sabia?
– A quadrilha?
– An-ran.
– Puxa, vida! – disse eu engolindo em seco.
Isso ele me contava, enquanto colocava a gasosa pra dentro do tanque do meu carro.
O pior é que eu achei que o mineiro, ao puxar a gasolina pelo cano de plástico, aproveitava pra tomar umas goladas do combustível. É que ele repetia isso a todo instante. Ele notou que eu o observava atentamente.
– Tá sem puxo. – justificou-se.
Acho que era impressão minha. Vai ver tava sem “puxo”, mesmo. Confesso que tremi ao escutar sobre os assaltos e, mais ainda, quando achei que o sujeito fosse parte da tal quadrilha.
– Pronto, chefe. – disse ele.
– Acabou? – perguntei, aliviado.
– Já. Agora é só completar lá no posto.
Ele aproveitou pra acender um cigarro. Eu me apavorei e me afastei dele mais que depressa, achando que o sujeito ao riscar o fósforo iria pros ares levando-me com ele!
– Êta, o que foi, o moço não gosta de cigarro? – perguntou ele na maior tranquilidade, segurando o palito aceso na mão.
Eu já estava na direção do meu carro pronto para cair fora antes que o maluco pusesse fogo em nós dois.
Finalmente, saímos dali. Chegamos ao posto, enchi o tanque, paguei a gasosa e a gorjeta e me mandei o mais rápido que pude, com medo de que o sujeitinho fosse o chefe dos bandidos e resolvesse explodir o posto.(...)"

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Deu Rio de Janeiro. Deu Brasil!





















Deu Rio de Janeiro. Torci como se fosse uma final de copa do mundo. Estou feliz porque o Brasil nesses últimos anos nunca esteve tão em alta como agora. Parabéns àqueles que verdadeiramente amam este país. E pensar que tem gente que torce contra. Que vão todos pra...Chicago, por exemplo.

Viva nós! Viva todo o povo do Brasil!