sábado, 11 de dezembro de 2010

Em tempos de intolerância paulistanas
















O CAÇADOR DE BIBAS

Raimundo acordou assustado com o barulho no andar de baixo. Filhos da puta! Não agüentaria mais um dia naquela espelunca. Desempregado, decidira arranjar um trabalho melhor do que empacotador de supermercado. Contudo, resignara-se ao pensar que só tinha o primeiro grau. Porra! Que vidinha de merda!

Tinha vindo a mais ou menos dois anos do Crato, Ceará, para São Paulo. E tudo que havia sonhado, começava a se desmoronar aos seus pés. Isso só podia ser coisa feita! Pensou com revolta.

Levantou-se e foi mijar. O encardido e as manchas de ferrugem na bacia do minúsculo banheiro revelavam seu declínio como pessoa. Sua imagem refletida na água mijada, não lhe agradou nenhum um pouco. Porra! Ainda por cima eu sou feio pra caraio! Pensou ele. Não encontrou a escova de dentes no lugar onde havia deixado na manhã anterior. Também isso não importava muito; não havia mais pasta fazia mais de três dias. Estava usando um resto de sabonete para limpar o que restara de dentes na boca.

Vestiu-se e saiu da espelunca. Porra! Tenho que fazer uma coisa que me faça um cara bem sucedido, senão voltarei pro Ceará como um fracassado! Como iria encarar o Padin Cíço, mesmo este estando no Juazeiro? Mas lá de cima ele podia ver tudo. Situação difícil.

No caminho, parou em frente a um botequim e pediu uma média com leite. Enquanto bebia e comia, olhava pro espelho em frente. O que vou fazer?! Ah, já sei! Pagou a conta e saiu.

Começou a perambular todo o centro, até que escureceu. Atravessou a rua e entrou num beco e bateu direto numa pequena barbearia, que mais parecia uma casa de gnomo. Aliás, tinha o tamanho de um mausoléu, daqueles de gente fina, que estão à vista no cemitério da Consolação.

Entrou e encontrou o velho barbeiro dormindo com um jornal de esporte, cuja data não parecia ser desse século, jogado no colo. Raimundo sacolejou o homem que acordou assustado de navalha em punho e muito próxima à jugular do intruso. Raimundo recuperou-se do susto e pediu para que o velho desse um trato no pêlo.

Preparado para o trabalho e com um pequeno e sujo pano amarrado ao pescoço, Raimundo relaxou. O homem começou a manejar a tesoura demonstrando muita habilidade. A tremedeira nas mãos era disfarçada com o mastigar da tesoura. Trec, trec, trec!

Raimundo adormeceu e, o pior, o velho também! Tomado pelo madorna, o velho criou uma rede de vias e variantes dignas de qualquer cidade grande, sobre a cabeça do pobre Raimundo. O rapaz acordou-o e olhando-se no espelho gritou: Porra, seu velho idiota!

Sem ver mais saída para o trabalho de terraplanagem feito em sua cabeça, Raimundo pediu para que o imperito desse cabo de todo cabelo que tinha restado sobre sua cabeça. O velho, ainda tomado pelo sono eterno que se abatia sobre o corpo curvado que a idade lhe impunha, passou a máquina e, em segundos, não havia mais nada a cortar. Velho filha da puta! Raimundo pensou e, só depois é que pagou e saiu revoltado.

Quando ele chegou na rua principal encontrou um grupo de skinheads que logo o abordaram! Puta que pariu! Tô fudido! Ele havia ouvido falar desse pessoal, principalmente de que eles não gostavam de negro, nem muito menos de nordestino e, de lambuja, também não de homossexuais.

Um sujeito com cara de chihuahua o abraçou forte. Vamos acabar com essa corja de nordestinos, bichas e negros, mano! Isso é um cancro! A lama que mancha Sampa, meu!

Raimundo olhou pro resto do pessoal que esperava dele uma resposta e, finalmente, disse com todo gosto: Vamos acabar com essas bibas, esses neguinhos e... esses cabeça chatas, mano! Ouviu-se uma gritaria dos diabos. Levantaram-no do chão em efusiva comemoração. Quando se acalmaram os ânimos, um dos skinheads perguntou: - De onde tu é, mano? Eu? Sim. Sou daqui mesmo num tá vendo o meu sotaque? Pô, como eu num tinha sacado isso, mano! Paulistano na boa! Qual o teu nome? Meu nome? Assustado, Raimundo pensou: Arriégua e agora? Se falar que sou Raimundo vão logo descobrir que sou nordestino... Ray! O quê? Ray, meu nome é Ray! Isso é nome de negão, meu! Raimundo engoliu seco e pensou... E agora? Levantou a cabeça e respondeu: - Que nada, meu! Isso é a minha homenagem ao “firrer”, mano. O “chihuahua” o encarou: - Como assim? Raimundo levantou o braço e estendeu a mão e gritou: - Ray Hitler! O skinhead deu um sorriso largo mostrando que também não tinha uma boa quantidade de dentes e exclamou: - Legal, Ray! É isso aí, mano! Vamos nessa, irmão!

E lá se foi Raimundo, agora chamado de Ray pelos seus novos amigos. Até quando? Ninguém mais soube dizer...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

São Paulo, uma cidade degradada


















Há muito tempo que a cidade de São Paulo está decadente.

Degradados desde um bom tempo, alguns pontos do centro da capital paulista parecem cenários dignos de filmes como Blade Runner; prédios com alguma beleza arquitetônica encontram-se em ruínas e/ ou pichados; calçadas que outrora exibiam desenhos em pedras portuguesas, estão esburacadas e irregulares, verdadeira armadilha para cegos ou não; postes de concreto que nada têm a ver com o visual geral enfeiam o que já está em petição de miséria. Sem falar dos prédios abandonados, muitos deles por pendengas judiciais com INSS ou outros órgãos governamentais.

Enquanto vemos algumas cidades, do porte e da importância da paulicéia, com uma política séria de revitalização, a cidade dos paulistanos vive (ou morre) sem que sejam tomadas medidas sérias para reverter o quadro tétrico em que a mesma se encontra. Um descaso.

O comércio desordenado toma conta de suas ruas e de alguns espaços centrais e históricos, sem que se faça nada para ordená-los e restaurá-los da maneira correta, como manda a lei. Nem falo das áreas das ruas do Triunfo, Vitória, entre outras que abrigam os dependentes de crack e a prostituição escancarada. O que sobra? Só as áreas mais nobres como os Jardins, que atendem a uma parcela da população, a mais abastada. Os edifícios da Paulista, por exemplo, estão todos em boas condições de aparência já que são novos, atendendo às demandas das chamadas elites. Eles são o do Itaú Cultural, o do Funcef Center, o da Fiesp, o do CityBank, Conjunto Nacional, e o do Masp. Estes são todos projetos de conhecidos e importantes arquitetos. No meu entender, o centro que é o espaço democrático de toda a cidade e que deveria servir a todos, independentemente de classe social, está jogado à própria sorte. O centro dos paulistanos foi abandonado ao “deusdará”. Por que será? A quem interessa esta situação de degradação? À nova especulação imobiliária?

Eu lamentei ver lindos prédios como o edifício Martinelli nas condições em que se encontram. De cor rosada, uma lindeza! Se dessem um jato de areia nele, o mesmo poderia ser fotografado diariamente pelos próprios paulistanos, sem falar nos turistas que visitam a cidade. Um verdadeiro cartão postal. Além desse marco da arquitetura pujante da locomotiva do Brasil, existem tantos outros menores, mas que exibem formas arquitetônicas singulares merecedoras de cuidados que poderiam ser restaurados e colocados outra vez para embelezar a cidade. Não, eles estão abandonados, sujos. Quiçá à espera de uma demolição, que é a maneira “indolor” de não se preservar a história de um povo, de uma sociedade, de um tempo na história de uma grande e importante cidade. Lamentável o ponto a que chegou São Paulo.

Pelo menos eu ainda tenho na minha memória o visual da São Paulo dos anos 60 e 70, mas os mais novos, o que terão?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Marcado pela cuiabania*
















Fui, recentemente, até o Mato Grosso. Cuiabá. Nunca tinha ido tão longe Brasil adentro. Fui à Brasília, nos anos 70 e só. Chegando a Cuiabá, me dei conta de que existe vida inteligente fora do Brasil litorâneo. Uma vida pungente, cheia de cor e harmonia. O antigo e moderno convivendo lado a lado.

Cuiabá, uma cidade evoluída, moderna, mas também, antiga e carente de cuidados. Pude ver em suas ruas estreitas, um pouco (ou muito) de nossa história. Antigos casarios de três beirais que me deixaram com uma vontade louca de vê-los restaurados, compondo com a paisagem moderna um quadro harmonioso e rico. O cuiabano, gente simples e simpática, carregando atrás de si um valor pouco visto nas capitais litorâneas deste imenso país e sem os bairrismos desvairados que vemos por aí. Na verdade, os encontrei muito orgulhosos pela sua cidade. Principalmente agora que Cuiabá irá receber os jogos da Copa do Mundo. Existe uma grande expectativa de que a cidade melhore em todos os níveis; saúde, educação, transporte, em infra-estrutura de modo geral. Tomara.

O lugar foi descoberto pelos bandeirantes. Cuiabá está situada à margem esquerda do rio que deu nome à cidade. Terra dos Bororos, conhecidos com bororos ocidentais, já que existem os bororós do planalto de Mato Grosso. Os Bororos eram índios valentes e cordiais, que viviam na confluência dos rios Coxipó e Cuiabá. Numa das muitas prosas que tive com os cuiabanos, me relataram que, ao receberem, pela primeira vez, os “estrangeiros”, os bororos foram amigáveis. Contudo, na segunda chegada dos desbravadores da terra de Anchieta, capitaneados pelo paulista Pascoal Moreira Cabral, eles foram espoliados e colocados prisioneiros. Assim, eles voltaram-se contra seus usurpadores. Valentes, enfrentaram os invasores com bravura e destemor. Era um povo valoroso, sem dúvida. Por fim, foram dizimados e os que restaram tiveram sua cultura transformada pela catequese dos Salesianos. Hoje, a maioria da população cuiabana tem um pé na etnia bororo. Como seus antepassados, os cuiabanos de hoje, recebem os visitantes com o mesmo sentimento caloroso do passado, mas não pisem em seus calos, senão...

Lá em Cuiabá, eu tive o privilégio de conhecer a filha de um dos mais vigorosos e incansáveis defensores dos valores cuiabanos, o poeta telúrico Benedito Sant’Anna da Silva Freire ou simplesmente, Silva Freire, por quem Manoel de Barros tinha muita estima e consideração. Daniela Freire de Andrade é professora da Universidade Federal de Mato Grosso. Conheci, também, o marido de Daniela, o arquiteto e também professor da UFMT, José Roberto Andrade. Gente fina, por sinal. E Larissa, irmã de Daniela. Larissa tem a responsabilidade de tocar a Casa de Cultura Silva Freire. Aliás, tem sido um trabalho árduo o dela, já que cultura no Brasil carece de muita atenção e apoio financeiro. Mesmo assim, vi, da parte dela, muita vontade e determinação nessa empreitada. De Daniela e Larissa recebi, de presente, não só a cordialidade e a simpatia, mas alguns exemplares da obra do poeta Silva Freire - , Águas de Visitação - Edição Póstuma – 2002, A Japa e outros croni-contos cuiabanos - Carlini&Caniato – Coleção Arueira – 2008, Trilogia Cuiabana - 1 - Presença na audiência do tempo, Trilogia Cuiabana - 2 – Na moldura da lembrança - Edições UFMT - 1991-, além de um bem cuidado catálogo do Circuito Cultural Setembro Freire 2010. Um programa cultural que aconteceu de 03/07 a 27/07/2010 e que teve a participação de toda a comunidade artística cultural de Mato Grosso, em especial, de Cuiabá. Aliás, o catálogo é um material gráfico muito bem cuidado e que teve a direção artística de Luiz Marchetti. Ah, Daniela também me presenteou o seu livro, uma biografia de Silva Freire adaptada para crianças: Bugrinho – Que menino é esse? – Entrelinhas – 2008. O livro teve a ilustração do artista plástico Marcelo Velasco.

Como não poderia deixar de ser, aproveitei a estada na capital do Mato Grosso e fui visitar o Pantanal. No caminho, passei por Poconé, uma simpática e calma cidadezinha, cujos arredores, estão tomados pela extração de ouro. No Pantanal, infelizmente, não pude ver os campos alagados, cartão postal daquele lugar maravilhoso - a chuva teima em não dar o ar de sua graça por aqueles lados, faz tempo. Mesmo assim, pude desfrutar das belezas naturais do lugar; tuiuiús, jacarés, capivaras, sagüis, macacos pregos, araras azuis, tucanos, nelores, cavalos xucros e, claro, os pantaneiros. Estes últimos, sem dúvida, uma gente determinada e trabalhadora. Na pousada onde fiquei – uma estância fundada por um paranaense nos idos dos anos 60 -, havia muitos turistas brasileiros, entre eles, alguns estrangeiros deslumbrados com o lugar. O por do sol, o nascer do sol e uma noite de lua no Pantanal é pra ficar na retina do sujeito enquanto este estiver vivo!

Em Cuiabá, pude desfrutar da sua rica gastronomia, baseada em peixe; dourados, pacus, jacarés, pintados, jacus, piraputanga (uma delícia!) e o maior de todos: o pirarucu. Comi uma farofa de banana que é mesmo uma maravilha. Existe um pirão ralo de farinha e coentro chamado mojica de Pintado que é de fazer qualquer ateu louvar a Deus por três vezes seguidas. Saboreei também, costela de pacu frita. Bom, é melhor parar por aqui, senão vou ficar na saudade e muito triste. Descobri o Mato Grosso e, sem dúvidas, gostei tanto a ponto de querer voltar pra lá o quanto antes.

Transcrevo, aqui, um dos poemas de Silva Freire. Um que foi para a contracapa do catálogo do Circuito Cultural Setembro Freire:

O Presente

(Silva Freire-1964)

Hoje eu quero me fazer o seu presente,


envolto numa bondade maior para lhe amar...


Hoje eu me prometo lhe amar, não como eu quero,


mas como Você sabe me ensinar o amor.


Eu a amarei, assim, em seus pequenos transes de trégua,


como um simples pastor saboreia


toda harmonia da noite lunar,


na doçura da planície que contempla e vive.


Eu amarei Você,


sobretudo aprendendo mais do amor com


que me ama, no silêncio iluminado de sua face gotejando


em mim seu outro ar de amor ardendo astúcias, só suas...


Eu amarei Você, com a mesma ardida ansiedade


das minhas noites de vigília...


Hoje eu amarei Você, como se eu,


um presente


tivesse mais beleza do que a paz


com que Você me inunda...

* frase tirada do livro "Bugrinho: Que menino é esse?" de Daniela Freire, no texto sobre o artista plástico Marcelo Velasco.





domingo, 14 de novembro de 2010

Telma Scherer é vitima da ditadura! A do mercado editorial, é claro!









É mesmo lamentável, para não falar outra coisa, o que aconteceu com a nossa querida poeta Telma Scherer. O Estado deve uma explicação a ela e a toda sociedade portalegrense. Truculência em nome do mercado editorial é mesmo o fim da picada. Eles se utilizam do espaço público que pertence ao povo de POA e pensam que são os donos da via pública travestidos de agentes da cultura. "A praça é do povo como o céu é do avião" . Viva a liberdade de expressão!

Escritora realiza performance na Feira do Livro e é retirada por policiais

Correio do Povo - Arte &Agenda -Variedades - 13/11/2010 08:10 - Atualizado em 13/11/2010 08:37

Expositores reclamaram da apresentação e chamaram a Brigada Militar

A poeta e escritora Telma Scherer, 31 anos, foi abordada por policiais, na noite de sexta-feira, enquanto realizava uma intervenção artística na Feira do Livro, que ocorre na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. Os homens do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) teriam recebido uma denúncia de expositores. Segundo a reclamação, a apresentação da mulher estaria reunindo muitas pessoas na Rua da Praia e atrapalhando a circulação de pedestres e visitantes do evento.

Testemunhas disseram que a ação dos policiais militares teria sido violenta. Amigos e pessoas que assistiam a apresentação contaram que pelo menos 10 agentes abordaram a escritora, que foi conduzida em uma viatura ao posto da Brigada Militar na Praça XV, no Centro da Capital.

Além de populares, esteve no local o vice-presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Osvaldo Santucci. Ele negou que a entidade tenha acionado a polícia, mas confirmou que a apresentação não fazia parte do calendário oficial da feira e que algumas pessoas teriam reclamado do acúmulo de expectadores. O capitão Marcelo Fernandes do 9º BPM, conversou com a artista e com o representante da Câmara do Livro e disse desconhecer as denúncias de ação truculenta.

Cerca de 40 pessoas se reuniram para assistir Telma falar sobre sua condição de escritora. Ela teria emocionado o público ao revelar que precisou deixar seu apartamento porque estava com três meses de aluguel atrasado. A performance artística questionava o sistema literário, o que pode ter incomodado representantes do mercado editoral. Telma disse, no entanto, que a crítica não foi a uma pessoa ou instituição em particular. A escritora contou que ficou constrangida com a ação da polícia.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Esta é a cara verdadeira do Brasil?








Serra plantou ódio, e o Brasil colhe preconceito: as manifestações contra nordestinos na internet
O Escrevinhador - publicada terça-feira, 02/11/2010 às 21:49 e atualizada terça-feira, 02/11/2010 às 22:51
Por Rodrigo Vianna
O vídeo que reproduzo abaixo – e também na janela ao lado- é de revirar o estômago. Mas faz um bem danado: lança luz sobre um Brasil que muitas vezes não gostamos de ver. O Brasil do ódio.
http://www.youtube.com/watch?v=tCORsD-hx0w
A campanha conservadora movida pelos tucanos, a misturar religião e política, trouxe à tona o lodo que estava guardado no fundo da represa. A lama surgiu na forma de ódio e preconceito. Muita gente gosta de afirmar: no Brasil não há ódio entre irmãos, há tolerância religiosa. Serra jogou isso fora. A turma que o apoiava infestou a internet com calúnias. E, agora, passada a eleição, o twitter e outras redes sociais são tomadas por manifestações odiosas.
Como se vê no vídeo acima, não foi só a tal Mayara (estudante de Direito!!!) que declarou ódio aos nordestinos. Há muitos outros. Com nome, assinatura. É fácil identificar um por um. E processar a todos! O Ministério Público deveria agir. A Polícia Federal deveria agir.
E nós devemos estar preparados, porque Serra fez dessas feras da direita a nova militância tucana. Jogou no lixo a história de Montoro e Covas. Serra cavou a trincheira na direita. E o Brasil agora colhe o resultado da campanha odiosa feita por Serra.
Desde domingo, muita gente já fez as contas e mostrou: Dilma ganharia de Serra com ou sem os votos do Nordeste. Não dei destaque a isso porque acho que é – de certa forma – uma rendição ao pensamento conservador. Em vez de dizer que Dilma ganhou “mesmo sem o Nordeste”, deveríamos dizer: ganhou – também – por causa dos nordestinos. E qual o problema?
E deveríamos lembrar: Dilma ganhou também com o voto de quase 60% dos mineiros e dos moradores do Estado do Rio.E ganhou com quase metade dos votos de paulistas e gaúchos.
Parte da imprensa – que, como Serra, não aceita a derrota e tenta desqualificar a vitoriosa - insiste no mapinha ”Estados vermelhos no Norte/Nordeste x Estados azuis no Sul/Sudeste”. O interessante é ver - aqui - a votação por municípios, e não por Estados: há imensas manchas vermelhas nesse Sul/Sudeste que alguns gostariam de ver todo azulzinho.
No Sul e no Sudeste há muita gente que diz: “não ao ódio”. Se essa turma de mauricinhos idiotas quiser brincar de separatismo, vai ter que enfrentar não apenas o bravo povo nordestino. Vai ter que enfrentar gente do Sul e Sudeste que não aceita dividir o Brasil.
Serra do bem tentou lançar o Brasil no abismo. Não conseguiu. Mas deu combustível para esses idiotas. Caberá a nós enfrentá-los. Com a lei e a força dos argumentos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma: a vitória de um projeto generoso, e o enterro da política feita nas sombras































O Escrevinhador - publicada domingo, 31/10/2010 às 14:07 e atualizada segunda-feira, 01/11/2010 às 01:17

por Rodrigo Vianna

A vitória de Dilma significa a vitória de lutas que vêm de longe, como eu já escrevi aqui.

A vitória de Dilma é a vitória de Lula e de um projeto que aposta na inclusão. É a continuidade de um governo que teve atuação marcante em quatro eixos, pelo menos:

- criação de um mercado consumidor de massas (recuperação do salário-mínimo, do salário do funcionalismo, Bolsa-Familia, política mais agressiva e popular de crédito) – teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica mundial, porque o Brasil deixou de depender só das exportações e pôde basear sua recuperação no mercado interno;

- respeito aos movimentos sociais – parceria com sindicatos, diálogo com as centrais, com o MST;

- recuperação do papel do Estado – fim das privatizações, valorização do funcionalismo, novos concursos públicos, recuperação do papel planejador do Estado (por exemplo, no campo da energia), fortalecimento dos bancos públicos (não mais como financiadores de privatizações suspeitas, mas como indutores do desenvolvimento);

- política externa soberana – enterro da Alca, criação da UNASUL, valorização de parcerias com China, India, Irã; fim do alinhamento com os EUA.

Dilma significa que isso tudo pode seguir. Mas a campanha mostrou que há pelo menos uma área onde o governo Lula errou, por timidez: política de Comunicação. Durante a reta final do primeiro turno, o Brasil voltou a ficar refém de quatro ou cinco famílias que ditam a pauta do Brasil. Os blogs e um ou outro meio tradiconal ofereceram certo contraponto. Mas foi pouco. No segundo mandato, com Franklin Martins, Lula mostrou que é possível avançar muito mais nessa área!

A vitória de Dilma significa também a derrota de muita coisa. Derrota do preconceito e do ódio expressos em mensagens apócrifas, derrota de quem acredita que se ganha eleição misturando política e religião – de forma desrespeitosa e obscurantista.

Dilma no poder significa a derrota de Ali Kamel e seu pornográfico jornalismo de bolinhas na “Globo”. Significa a derrota de Otavinho e suas fichas falsas na “Folha”. Significa a derrota da Abril e de seus blogueiros/colunistas de esgoto.

Dilma é a derrota da extrema-direita que espalhou boatos, fotos falsas, montagens grosseiras e – quando desmascarada – saiu correndo (apagando sites, vestígios, provas).

A vitória de Dilma é a derrota da maior máquina ideológica conservadora montada no Brasil desde o golpe de 64. Essa máquina mostrou sua cara na campanha – unindo a Opus Dei, o Vaticano e o que restou da comunidade de informações a essa turma “profisional” que espalhou emails, calúnias, spams (e atacou até blogs progressistas na calada da noite).

A consagração de Dilma significa a derrota de um candidato covarde: não teve coragem de mostrar FHC na campanha, fingiu ser amigo de Lula e, no desespero, usou aborto e a própria mulher para ataques lamentáveis…

Dilma é a derrota de uma política feita nas sombras, nos telefonemas para as redações, nos dossiês. Dilma significa a vitória de um projeto generoso, e o enterro de uma determinada oposição.

Quem torce pela democracia torce também para que uma nova oposição – séria e democrática – prospere, longe dos dossiês e da truculência serrista. Na próxima semana, teremos tempo para pensar a fundo no que pode vir de uma oposição renovada, quais os movimentos possíveis…

Mas acho que não devemos ter ilusão. Serra tirou da garrafa a extrema-direita. O tipo de campanha feita por ele, e que obteve mais de 40% dos votos, mostra que essa máquina conservadora está à espreita. E pode voltar a atacar. Os colunistas e os chefetes ressentidos – em certa imprensa pornográfica – seguirão a agir nas sombras.

Caberá a nós lançar cada vez mais luz sobre as manobras dessa gente. Derrotada pelo voto e pela força do povo brasileiro.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A conspiração da bolinha de papel e o rolo de fita

















Segundo a Globo, parece que havia outro atirador além de Lee Oswald, que foi quem atirou a bolinha de papel lá da biblioteca! Pro Serra, tudo é parte de uma conspiração cubana, bem engendrada junto com PT!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Rin-ron pra eles!


















Gente, acabei de ler, site de Rodrigo Vianna, O Escrevinhador, que a classe média não irá votar na candidata de Lula, Dilma Rousseff. Fiquei pasmo. “O que p... está acontecendo com essa gente?!” – eu pensei, ainda atordoado com a notícia. Não é possível acreditar que uma burrice deste tamanho está para acontecer!

Tudo que foi conquistado nos oito anos de governo da maior política de inclusão social, jamais vista neste país, vai ser jogado na lata do lixo, só porque uma classe ingrata e mal resolvida decidiu que não quer uma mulher no poder, ou que não quer o PT no poder, ou que não quer Lula no poder através de sua candidata. Será que essa classe também não quer manter os ganhos que obteve de carona nestes últimos oito anos de governo Lula? Não quer mais viajar a dólar baixo pra Buenos Aires (pra encher o saco de nossos hermanos) ou Nova York, ou não quer mais comer peru no Natal, beber champanhe francesa, vinho importado e todas estas p... que eles agora têm chance de ter e aproveitar a rodo, imitando os mais ricos que, antes, eles apenas invejavam?

Gente, na verdade, eles, dessa dita classe média, estão putos da vida com quem elevou os fudidos a um patamar acima da pirâmide social, muito pertinho de seus quintais. Eles querem que os mais pobres fiquem longe de suas poltronas nos aviões de carreira, que não sentem nos bancos das universidades, que o negrinho da empregada não possa ter o mesmo Nike que o seu herdeiro, ou que... Nem sei mais o quê?!

Quem sabe, eles queiram muitas greves pelas fábricas e universidades! Ou ver todos os dias na TV, reivindicações de melhores salários pelos professores, esses seres reles, que querem ser as pregas da Odete Roitman e que eles consideram como babás de seus filhos (sem ofensa para as babás)! Querem ver mais acampamentos do MST, mais explosões de movimentos sociais, pois assim têm desculpa para separar, em suas cabeças medíocres, o espaço entre “eles” e “nós” tranqüilizando suas consciências hipócritas e egoístas. O “Eles”, os demônios agitadores e comunistas, uns animais que matam criancinhas, invadem propriedades, incomodam o cidadão de bem atrapalhando o trânsito.

Esses “cidadãos de bem”, essa classe média empurra milhares de famílias para a miséria e abandona as crianças nas ruas para serem chacinadas – mas não mata criancinhas! Sustenta um sistema pernicioso, que expropria os mais pobres, que lhes nega o acesso aos direitos mais elementares, empurrando-os para a miséria e a marginalidade – mas não comete violências. Sonega os impostos que pode em atendimentos liberais – mas não rouba nem é corrupta, ora, ora!

Essa classe média, tão do bem, tão da paz, tão cheia de valores, não pode votar na Dilma Rousseff, porque ela, obviamente, está com “eles”.

Esta classe de mer... digo, média, quer é mesmo se fu... Deixa pra lá!

Ah, eu também sou classe média, mas eu não sou burro! Rin-ron pra eles!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Apelo e desabafo ou será mesmo uma pena.


















Gente, é uma pena ver que ainda existe gente neste país com medo de perder o status, que, muitas vezes, foi adquirido à custa do suor alheio e da política acertada do governo Lula.

Lamento ver até pessoas amigas, deixar-se levar por um egoísmo pueril e por um preconceito idiota. Muitas delas, as pessoas, até argumentam que é para ver alternância de poder que votarão em José Serra. Mas uma alternância para pior? Meu Deus!

Verdadeiramente, eu acredito, será um retrocesso se ele chegar ao poder, um homem que representa o que há de mais atrasado e nocivo ao Brasil. Será uma pena, ver milhões de nordestinos jogando fora suas dignidades, respeito próprio, para apoiar quem os renega e os oprime com declarações como a que mostrei no meu poste anterior.

Será mesmo uma pena, ver milhões de mulheres darem seus avais a um representante das classes machistas e retrógadas deste país, onde as mulheres são reles coadjuvantes, gente inferior, quando elas têm, pela primeira vez, a chance de eleger uma igual. De eleger uma mulher que representa a força feminina e que tem uma história de luta que poucos homens têm neste país. O pior disso, não é saber que a maioria dos homens tem despeito de mulheres bem sucedidas, mas é saber que muitas dessas mulheres, apanham de seus filhos e maridos e companheiros (?!), é que, parecem, têm é despeito do sucesso de outras mulheres.

Uma pena mesmo ver que poderemos retroceder em todas as conquistas sociais só porque existem mulheres e homens inconformados com o sucesso de um homem do povo ter chegado ao poder e que vem levando as populações pobres deste país a terem uma vida melhor. Por puro despeito, quem sabe. Os ricos continuam ricos, é sabido, (muitos graças às políticas de exclusão social dos governos FHC, por exemplo), mas graças as políticas de inclusão social do governo Lula, esses ricos tiveram que dividir o bolo com os pobres que, com isso, melhoram de vida.

Uma pena mesmo é saber que esses homens e mulheres, não querem ver os mais pobres andando de avião, comprando carro novo, geladeira do último modelo, TV e computadores de última geração e internet (meio mais democrático de ter informação sem ter que ver e ouvir a mídia dos mais abastados; jornais, rádios e Tvs); de ver pobre, negro e índio, estudando em universidades públicas; construindo suas casas com financiamento (a juros baixos da Caixa), nem muito menos pensar em ter que dividir com eles as riquezas do pré-sal, no futuro (melhor dividir com os europeus e americanos, né?); de ter como genros ou noras, negros, mulatos ou nordestinos, homossexuais (muitos desses preconceitos vêm de gente mulata, negra e nordestina que melhoram de vida, não vem só de ditos brancos, não!).

Falam que Dilma Rousseff é favor do aborto, mas qualquer cristão sabe que ninguém é a favor do aborto. Uma coisa é a lei que ver o aborto como assunto de saúde publica, a outra, é negar a mulher o direito sobre seu corpo e a sua vida. Pura hipocrisia, pois as mulheres que tem plano de saúde podem abortar, mas as mulheres pobres, miseráveis e desamparadas pelo país afora, não. Para elas, está reservado a condenação ao quinto dos infernos, ou até mesmo a morte, pois só lhes restam os matadouros de fundo de quintal, a difamação.

Por isso tudo, é que essa parcela da população, não quer ver Dilma Rousseff na presidência da república do Brasil. Para essa gente lugar de pobre é servindo. Já bastou, para essa gente, ver um nordestino, torneiro mecânico na presidência do Brasil. Imagine ver agora uma mulher, esse ser inferior que só serve pra procriar, obedecer e servir virar presidente.

Será mesmo uma pena ver uma nação eleger um presidente, baseado, apenas, em calunias e difamações, geradas pela Veja, O Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e tantos outros orgãos da elite. Esta será é a nação que dará um futuro digno para os nossos filhos e netos, com esse respaldo?

Será uma pena mesmo ver este país voltar para o buraco e a insignificância de antes de Lula e que,parte dos brasileiros, não se dêem a chance de fazer desse país verdadeiramente uma grande nação.

Outra chance como essa, quem sabe, nunca mais terão. Pensem nisso!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nordestinos, uni-vos!




Olha, gente, me senti envergonhado ao ver o que o ex-governador de São Paulo, José Serra, falou neste vídeo. Lamentável um homem público que pretende sentar na cadeira de presidente da república desta nação, plural, pensando desta forma. Uma falta de respeito por uma gente batalhadora, que ajudou a construir a grande potência econômica que é São Paulo. Os nordestinos deveriam repudiar, veementemente, esses tipos preconceituosos que ainda pululam na política brasileira, não lhes dando nenhum voto, muito menos o de confiança. Eles não merecem. Pensem nisso!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dilma, mostre que é de briga



















De Mino Carta para Carta Capital - 8 de outubro de 2010 às 9:41h

"O Brasil merece a continuidade do governo Lula em lugar da ferocidade dos eleitores tucanos.

As reações de milhares de navegantes da internet envolvidos na celebração dos resultados do primeiro turno como se significassem a derrota de Dilma Rousseff exibem toda a ferocidade – dos súditos de José Serra. Sem contar que a pressa de suas conclusões rima sinistramente com ilusões.

Escrevi ferocidade, e não me arrependo. Trata-se de um festival imponente de preconceitos e recalques, de raiva e ódio, de calúnias e mentiras, indigno de um país civilizado e democrático. É o destampatório de vetustos lugares-comuns cultivados por quem se atribui uma primazia de marca sulista em relação a regiões- entendidas como fundões do Brasil. É o coro da arrogância, da prepotência, da ignorância, da vulgaridade.

É razoável supor que essa manifestação de intolerância goze da orquestração tucana, excitada pelo apoio maciço da mídia e pelos motes da campanha serrista. Entre eles, não custa acentuar, a fatídica intervenção da mulher do candidato do PSDB, Mônica, pronta a enxergar na opositora uma assassina de criancinhas. A onda violeta (cor do luto dos ritos católicos) contra a descriminalização do aborto contou com essa notável contribuição.

Ocorre recordar as pregações dos púlpitos italianos e espanhóis: verifica-se que a Igreja Católica não hesita em interferir na vida política de Estados laicos. Não são assassinos de criancinhas, no entanto, os parlamentares portugueses que aprovaram a descriminalização do aborto, em um país de larguíssima maioria católica. É uma lição para todos nós. Dilma Rousseff deixou claro ser contra o aborto “pessoalmente”. Não bastou. Os ricos têm todas as chances de praticar o crime sem correr risco algum. E os pobres? Que se moam.

A propaganda petista houve por bem retirar o assunto de sua pauta. É o que manda o figurino clássico, recuar em tempo hábil. Fernando Henrique Cardoso declarava-se ateu em 1986. Mudou de ideia depois de perder a Prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros e imagino que a esta altura não se abstenha aos domingos de uma única, escassa missa. Se não for o caso de comungar.

A política exige certos, teatrais fingimentos. Não creio, porém, que os marqueteiros nativos sejam os melhores mestres em matéria. Esta moda do marqueteiro herdamos dos Estados Unidos, onde os professores são de outro nível, às vezes entre eles surgem psiquiatras de fama mundial e atores consagrados. Em relação ao pleito presidencial, as pesquisas falharam e os marqueteiros do PT também.

Leio nesses dias que Dilma foi explicitamente convidada por autoridades do seu partido a descer do salto alto. Se subiu, de quem a responsabilidade? De todo modo, se salto alto corresponde a uma campanha bem mais séria e correta do que a tucana, reconhecemos nela o mérito da candidata.

Acaba de chegar o momento do confronto direto, dos debates olhos nos olhos. Ao reiterar nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff, acreditamos, isto sim, que ela deva partir firmemente para a briga, o que, aliás, não discreparia do temperamento que lhe atribuem. Não para aderir ao tom leviano e brutalmente difamatório dos adversários, mas para desnudar, sem meias palavras, as diferenças entre o governo Lula e o de FHC. Profundas e concretas, dizem respeito a visões de vida e de mundo, e aos genuínos interesses do País, e a eles somente. Em busca da distribuição da riqueza e da inclusão de porções cada vez maiores da nação, para aproveitar eficazmente o nosso crescimento de emergente vitorioso.

CartaCapital está com Dilma Rousseff porque é a chance da continuidade e do aprofundamento das políticas benéficas promovidas pelo presidente Lula. E também porque o adágio virulento das reações tucanas soletra o desastre que o Brasil viveria ao cair em mãos tão ferozes.

P.S. Bem a propósito: a demissão de Maria Rita Kehl por ter defendido na sua coluna do Estado de S. Paulo a ascensão social das classes mais pobres prova que quem constantemente declara ameaçada a liberdade de imprensa não a pratica no seu rincão."
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Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde. redacao@cartacapital.com.br

terça-feira, 5 de outubro de 2010

País de vira-latas?



















Gente, o país chegou ao patamar das grandes nações do planeta, em parte, deva-se ao empenho e a determinação de muitos brasileiros que sempre acreditaram no Brasil. O maior porta-voz disso lá fora foi o pernambucano, ex-torneiro mecânico, Luís Inácio Lula da Silva. Aqui dentro, foi graças a ele que milhões de irmãos brasileiros tiveram pela primeira vez a chance de viver dignamente e será muito egoísmo de nossa parte não querer que essa política de inclusão social continue com Dilma Rousseff.

Voltar ao que era antes de Lula, esta altura do campeonato, é dar um tiro no lado esquerdo do peito e mandar que o corpo seja enterrado como indigente numa cova rasa.

Vamos mudar o Brasil para deixarmos de ser, em definitivo, um país de vira-latas. A escolha é sua!

Obs: Nenhum vira-lata sofreu maltratos durante a escrita deste apelo, contudo, se algum se sentir ofendido com o que foi escrito acima, por favor, procurar o canil público mais próximo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mas que falta de educação, gente!

Pessoal, não costumo postar artigos alheios aqui neste meu blog, apenas quando os acho relevantes e esclarecedores. Pois bem, aqui vai um que está no blog Escrevinhador do jornalista Rodrigo Vianna, que no meu entender, vale apena dar uma olhada:

“Publico artigo do professor Newton Lima, ex-reitor da Universidade Federal de São Carlos, e prefeito daquela cidade por duas vezes. Um dos maiores especialistas em educação, ciência e tecnologia no Brasil, Newton Lima é candidato a deputado federal pelo PT em São Paulo.

EDUCAÇÃO: O TRISTE LEGADO TUCANO

por Newton Lima*

Se é verdadeiro que – sob o governo Lula – o Brasil voltou a crescer de forma vigorosa, igualmente forçoso é reconhecer que o problema da falta de mão-de-obra qualificada é um dos temas mais sensíveis para garantir esse crescimento de forma sustentada.

Você sabe por que isso ocorre? Porque o então ministro da Educação de FHC, Paulo Renato, por intermédio da Lei 9.649/98, engessou a expansão das universidades e escolas técnicas federais, resultando na carência de profissionais que hoje assistimos.

Afora essa ação irresponsável, as sérias deficiências recentemente demonstradas pelos professores da rede estadual em São Paulo, em exame feito pelo próprio Paulo Renato (hoje, secretário de Educação em São Paulo), deixa patente a triste maneira como foram formados em larga escala, em desqualificadas faculdades privadas, que proliferaram durante sua gestão no MEC. Parece ironia do destino, mas a sabedoria popular nos ensina que quem planta, colhe!

Ainda bem que o presidente Lula corrigiu também aí os graves erros cometidos por FHC. Por meio da Lei 11.195/05, a União retomou a iniciativa de formar profissionais qualificados.

Resultado: em oito anos, saltamos de 140 escolas técnicas – criadas ao longo de um século – para 354 (uma expansão de mais de 150%; no governo do “príncipe dos sociólogos” apenas oito novas escolas técnicas federais foram criadas), 16 novas universidades federais e 124 novos “campi” pelo interior do país, a maior expansão educacional já realizada por um governo em nossa história. Parece incrível, mas como o PSDB não aprende com seus erros e não vê a educação como política estratégica para o desenvolvimento e construção da cidadania, um deputado federal tucano de São Paulo fez de tudo para impedir a aprovação dessa iniciativa do presidente Lula na Comissão de Educação da Câmara. Felizmente, ele e seu PSDB foram derrotados pela maioria.

Voltando a São Paulo, onde a Educação regrediu em todos os aspectos, é lamentável que pais e mães olhem para um filho que sai do 3º ano do Ensino Médio tendo conhecimento equivalente ao do último ano do Ensino Fundamental. É triste verificar que toda uma trajetória profissional e de vida pode estar
comprometida pelo tratamento inadequado dado à principal política pública com a qual um governo deve se preocupar.

Falo com a autoridade de quem, quando prefeito de São Carlos, aplicou 33% do orçamento municipal em Educação e o resultado foi tornarmo-nos a campeã brasileira de proteção à juventude, com o menor índice de vulnerabilidade juvenil do país (segundo o Ministério da Justiça e o Fórum Nacional de Segurança Pública).

A última que os tucanos aprontaram foi a estapafúrdia idéia do chamado “vale-presente”, pelo qual a Secretaria da Educação daria R$ 50 a alunos que, em dificuldades com matemática no fim do Ensino Fundamental, não faltassem às aulas de reforço a serem dadas por outros alunos do 2º e 3º anos do Ensino Médio intitulados “tutores”. Ante à gritaria generalizada da sociedade, o secretário Paulo Renato recuou e engavetou a proposta para 2011 alegando que “é um projeto que está muito cru”.

Que triste legado! É imperativo a reversão de tal quadro. Educação é coisa séria e não pode ser tratada de forma amadora, afinal de contas é a vida e são os sonhos de milhões de jovens que estão em jogo.

*Newton Lima, doutor em engenharia e professor universitário, foi prefeito de São Carlos (2001-2008) e reitor da UFSCar (1992-1996), e concorre a um mandato de deputado federal pelo PT de São Paulo.”

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nada
















Nada

A cidade estava deserta. Havia a rua e a ruela. Uma árvore ressequida. Morta. Esquelética. Raízes expostas sobre a calçada puída. Decadência. Uma urgência pra lá de deletéria. O sol teimava em aparecer, assim como os pássaros, que haviam se recusado a voarem naquele dia. Da janela um cheiro de cravo branco avançava pela quadra. Um caixão com um homem que um dia fora. Uma lágrima escorria. Prova de uma vida trocada. Abandonada para dar lugar a solidão e a um nada.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Requentando 2!


















Este meu post de 13 de Dezembro de 2009 ainda está válido!

"Um dia antes de retornar de Buenos Aires, impregnado de pensamentos acerca de política e, principalmente, com toda a repercussão que o governo de Lula tem causado na Argentina e mundo afora, terminei sonhando sobre o assunto: política. Só que o sonho não se referia à Argentina, mas à cidade onde vivo: Itajaí, Santa Catarina.

O sonho foi tão interessante que, ao acordar, imediatamente resolvi escrever o que ainda lembrava dele. Aliás, segundo a minha mulher, eu lembro de quase tudo que sonho. Relato-os como se fossem histórias, daquelas lidas para entreter os sobrinhos ou netos, em dia de muita chuva e frio, em frente à lareira. Eu havia sonhado que Felipe Damo era o novo prefeito de Itajaí.

Bom, resolvi não descrever o sonho em si, mas escrever o que penso sobre a candidatura de meu amigo Felipe Damo à prefeitura de Itajaí, caso, quem sabe, ele decida se candidatar ao cargo um dia.

O que faz um bom e eficiente alcaide? São tantas as coisas que além das virtudes, também algumas atitudes pouco simpáticas, que podem, muitas das vezes, serem alcunhadas como defeitos antipáticos às vistas do povo. Eu, particularmente, acho que é preciso mudar os conceitos acerca da , digamos assim, profissão. É, profissão porque, de um modo ou de outro, os que exercem esta atividade, estão sendo remunerados pelos seus serviços. Assim, vejo que se trata de uma atividade profissional como qualquer outra.

Estou postando este artigo, ou reflexão, como queiram, porque por esses dias em que estive fora do Brasil, pude rever algumas coisas, relacionadas à vida na cidade que escolhi ou não, como diria o Veloso, para viver. Lá se vão quase 9 anos aqui vividos, observando os entremeios da vida política e cultural da cidade. Hoje chego á conclusão de que Itajaí precisa mudar. Mudar em todas as áreas. Principalmente, naquela referente à política e, particularmente, na prefeitura do município. Se hoje me indagassem em quem eu votaria para prefeito da cidade, eu não teria dúvida nenhuma e diria de boca cheia, sem medo: Felipe Damo.

Talvez esta revelação possa constranger muita gente da cidade. Todavia, eu justifico a minha escolha - cega, vocês diriam. Claro que é uma simples e humilde opinião de cidadão, mas que representa o meu pensamento acerca do assunto que posto. Por que Felipe Damo? Porque se trata de um jovem que em minha opinião, tem todos os requisitos para fazer uma mudança significativa na prefeitura de Itajaí. As mudanças que sua população espera, mas não tem voz para reclamá-las.

Damo tem a idade certa para assumir tal cadeira e olhar os problemas da cidade com os olhos de quem já tem uma boa experiência, tanto na política, como na vida comum de qualquer cidadão. Ele é pai, é amigo, é um militante equilibrado dentro de suas hostes políticas e tem um senso de justiça, que falta a alguns pretendentes ao cargo - assim como falta aos ex-ocupantes do mesmo. Damo, é humanista, mas também é pragmático. Indivíduo organizado e zeloso. Articulado. Fala com convicção do que pensa. Orador como ninguém. Quem o vê declamando seus poemas como de outros poetas sabe do que eu falo. Negociador nato. Sabe ponderar quando necessário. Tem um pensamento positivo sobre a cultura e sabe o que falta pra fazê-la solidária e exitosa pra sociedade de Itajaí. Damo é nascido no seio de classe trabalhadora, descendente de Italianos, onde os valores familiares são fortes, contudo, não tão fortes que não possam ser flexíveis diante dos interesses públicos. Seus valores, me parece serem os mesmos de qualquer cidadão honesto desta comunidade.

Assim, lanço a sua candidatura à prefeitura da cidade de Itajaí, sem medo de errar em minha proposta. Tenho a convicção de que Felipe Damo faria um grande e inesquecível governo e que Itajaí daria um passo para fora da mesmice e inércia em que vive há muito tempo. O povo itajaiense merece o melhor. O melhor, neste momento é o jovem atual presidente do PT, jornalista, poeta e cronista, Felipe Damo. Quiçá o futuro prefeito de Itajaí.

Pois é, sonho é isso mesmo. Revelam nossos mais profundos desejos. Espero, sinceramente, que esse, em particular, venha se tornar realidade um dia. Sim, Felipe Damo para prefeito! Por que não?"

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Requentando!

















O FIM DO ANO E O FIM DO MUNDO

O neto tinha ido buscar sua avó, para a comemoração da passagem do ano. Eles vinham felizes, conversando; o neto dirigindo e a sua avó ao seu lado. A estrada estava tranqüila, havia pouco movimento naquela hora da noite.

- Vó, desde que eu me entendo de gente, todo ano dizem que o mundo vai acabar, mas nunca acaba. No tempo da senhora era assim?

- Não, eles diziam que o fim do mundo só chegaria quando a gente morresse. Agora, pra mim, eu acho que o mundo vai acabar ainda este ano.

- Por que a senhora diz isso?!

- Porque, você passou direto pelo aviso que dizia:”Cuidado, precipício a 100 metros!”

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quem é morto sempre aparece!

























Pessoal, aqui vai a resenha que o escritor e poeta luso-brasileiro, Silvério da Costa, escreveu para o “O SUICIDA”, na sua coluna semanal, FRONTE CULTURAL, do Jornal Sul Brasil de quinta-feira 12 de Agosto de 2010.

“O Suicida” é um livro cujo narrador e protagonista principal faz uma viagem “regressiva”, pós-morte, não digo escatológica, mas quase, para tentar desvendar o motivo que o teria levado ao suicídio. Acompanhar a trajetória do narrador, portanto, é a melhor maneira de se saber aonde o autor que chegar.

O escritor Hélio Jorge Cordeiro criou-o para falar dos encontros e desencontros da vida, de forma sardônica e cheia de malicia, escancarando o embate entre a realidade e o caráter hipócrita de uma sociedade, representada pelo microcosmo familiar, vítima, ou refém, das circunstancias.

A multiplicidade de assuntos, independentemente do espírito sério que lhe queiram dar as referencias contextuais, mostra, sem subterfúgios, que o real, às vezes, dá lugar à ficção, instaurando um clima fantástico e enigmático, elaborado, não por acaso, na primeira pessoa do singular.

Hélio Jorge Cordeiro, que está de malas e cuia prontas para morar em Chapecó, é um autor que tem o domínio das técnicas narrativas e faz uma literatura sem esquinas e sem pesadelos, com os ingredientes do dia a dia.

A sua capacidade de transfigurar fatos reais em ficção, e vice-versa, é altamente proficiente. Ele sabe como dedilhar, de forma hilária, as peripécias do cotidiano, exorcizando do alforje do tempo, tudo que pode, fundindo e temperando acontecimentos, criando assim, algo que lembra muito o "Memórias Póstumas de Brás Cuba". Parabéns!"

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

1ª Mesa Posta de Ideias Prontas















Gostaria de reproduzir como foi o debate da 1ª MESA POSTA DE IDEIAS PRONTAS, que aconteceu ontem na Sala Goebbles de Cultura. A mesa começou com a explanação do tema pelo poeta, pensador e produtor artesanal, Zé D’Almada.

O mediador levou mais ou menos 30 minutos em sua fala inicial. Finalmente, foram apresentados ao público os convidados: Gilson Wilson Junior, poeta, ensaísta e navegador nas horas vagas, Clarinha de Neves e Silva, poetisa, jornalista e crooner da banda de rock I LOVE MY DADDY e Zuku Nadei, romancista, filósofo, cronista, clarinetista free-lance e mestre graduado em Karaokê.

A primeira pergunta foi para Clarinha de Neves e Silva.

D’Almada: Clarinha, em primeiro lugar, seja bem vinda a nossa 1ª Mesa Posta de Idéias. Minha primeira pergunta... a que não quer calar, é a seguinte: É bom ser reconhecida? E o que fazer com isso?

Clarinha: Boa noite a turma que veio me ver. Helloo daddy! Te amo demais, amo mesmo, muito! Te quero daddy!

O pai de Clarinha se levantou e agradeceu a filha mandando-lhe um beijo.

Clarinha: D’Almada, meu querido... Claro que é bom, mas tem suas implicações. Explico: Quando se é vista como um símbolo sexual, tudo parece ficar pendendo para um lado apenas, contudo, quando esse lado seu é todo doação, aí tudo vale à pena, inclusive, usar isso como arma de barganha. Entendeu?

D’Almada: Sim, isso ficou realmente claro, Clarinha. Não deixa dúvida a sua determinação em relação a tudo ao que se refere à criação imaginativa dos conceitos, onde se insere o reconhecimento e o que fazer com ele e de maneira intuitiva.

Clarinha: E mais ainda, o que não fazer quando não o temos em mãos.

D’Almada: Bom, aqui vai o nosso agradecimento ao nosso mui querido Zuku Nadei por nos dar honra de sua presença...

Zuku Nadei: A honra é mesmo minha. Como diria um ancestral de Kawaiachi, aldeia próxima a Hiroxima, a honra é irmã gêmea da catástrofe e do caos.

D’Almada: Bem, Nadei, o que faz um poeta quando está triste?

Zuku Nadei: Ri.

A platéia aplaude!

D’Almada: E quando está feliz?

Zuku Nadei: Vai embora de casa. Rompe com tudo.

Outra vez, entusiasticamente, a platéia se manifesta aplaudindo Nadei.

D’Almada: Zuku, a poesia está morta?

Zuku Nadei: Sim, toda poesia nasce morta, meu caro. Nós poetas é que somos vivos!

D’Almada: O poeta é um construtor de letrinhas juntas?

Zuku Nadei: Mais que isso, o poeta é apenas um fazedor de palavras cruzadas, um insolente e intolerante da língua.

D’Almada: O que você acha, Clarinha?

Clarinha: Eu discordo diametralmente do Zuku. O poeta é um ser vivo, apenas.

D’Almada: E você, Gilson? O que acha?

Gilson Wilson Junior: Para mim, o poeta é um tipo de encanador que joga com tês, joelhos, roscas, torneiras e chuveiros, caixas d’água, etc, para as palavras fluírem, mas não necessariamente nessa ordem, entendeu?

D’Almada: Sim, claro. Antes de fazer a próxima pergunta, eu gostaria de agradecer ai Gilson Wilson Junior, por ter nos atendido o convite vindo de tão longe...

Gilson Wilson Junior: Nem tanto, meu caro D’Almada...

Gilson Wilson se levantou e começou a declamar: “E de perto-aperto-aparto-perto, longe onde apenas-penas, é mesmo perto.”

A platéia foi ao delírio!

D’Almada: Isso me lembrou um poema de Lírio Cravo de Luxemburgo: “Safra-afro-afra-safo e basta da raça à casta!”

D’Almada também recebeu os aplausos da platéia.

D’Almada: Bom, Junior...

Gilson Wilson Junior: D’Almada, você me conhece de longos anos e sabe que me incomoda ser chamado de apenas Junior...

Todos ficaram em suspense... ”Xi, pintou um clima ruim!”

D’Almada: Claro, não foi a minha intenção Gilson Wilson...

D’Almada se dirigiu a platéia...

D’Almada: É o seguinte, pessoal. Vou explicar porque ele não gosta de ser chamado de Junior, Posso, não é Gilson Wilson?

Gilson Wilson: Por favor, D’Almada, continue...

D’Almada: Bom, acontece que em 1975, Gilson Wilson foi levado as pressas para o hospital com uma dor intensa no baixo ventre. Seu pai, então diretor do Hospital Geral de Beneficência Germânica, estava de plantão. Sabendo que seu filho dera entrada na emergência do hospital, ele correu para ir ver o que acontecera ao seu filho. Acontece que Gilson Wilson, já tinha sido levado para mesa de cirurgia. Mesmo assim, seu pai, vestiu um jaleco verde e entrou na sala. Os médicos logo se perfilaram em respeito à presença do chefe, deixando Gilson Wilson, sem atenção. A bomba que levava oxigênio para o paciente...

Neste instante, Gilson Wilson, começou a suar e a passar mal. A platéia se afligiu, vendo-o perder os sentidos... D’Almada, por sua vez, interrompeu o relato e foi socorrer Gilson Wilson, assim também fizeram Clarinha de Neves e Silva e Zuku Nadei.

A 1ª Mesa Posta de Idéias se encerrara ali. Gilson Wilson Junior morreu a caminho do hospital, cujo nome passou a ser chamado de Hospital Geral Ruldof Hess Junior.

Parte do público e os demais convidados seguiram para o Bar Eva B, bar reduto dos intelectuais da cidade, para comemorar o sucesso do evento.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E tome cultura!

















FOLIA DAS FALAS, um festival em que a poesia adquire o status de protagonista da vida cultural de Itajaí. São 7 dias de leituras, debates, lançamentos de livros, mas sobretudo de espaço e tempo dedicados àquilo de que a humanidade mais vem precisando: poesia.

Poesia que está além dos poemas, dos autores, dos livros, um tipo de voz interior que vem, há milhares de anos, invisivelmente alimentando as nossas almas.

FOLIA DAS FALAS, assim, constitui uma possibilidade inédita de apreciação de poesia na cidade de Itajaí, inserindo-a no contexto literário nacional e permitindo à clientela um momento de reflexão e formação humanística.

OFICINAS:

1- Da Poesia ao Livro Artesanal (20h/a) – Cristiano Moreira (SC)
Local: Espaço Instituto Caracol Navegantes / Horário: 18h30-21h30
Período: 16 à 20/08
Endereço: Av. João Sacavem, 160 Centro ((47)9948-4312)

2- Oficina da Palavra Selvagem(20h/a) – Fernando Karl (SC)
Local: SESC-Itajaí / Horário: 14h-18h / Período: 09 à 14/08

3- Performance a partir da poesia – Ricardo Aleixo (04h/a) (BH)
Local: SESC-Itajaí / Horário: 14h-18h / Período: 08 (on-line) e 09/08 (presencial 9h-13h30)
Inscrições pelo fone: (47)3348-9291 / marcelomorais@sesc-sc.com.br


PROGRAMAÇÃO

09/08 – Segunda-feira


Workshop: Poesia a partir da Poesia (Ricardo Aleixo)
Horário: 09h às 13h30
Local: Célio´Restaurante

MESA 1: A Literatura em Itajaí
Horário: 20h
Local: Célio`s Restaurante
Convidados de Itajaí: Hélio Jorge Cordeiro (SC)/ Álvaro Castro(SC) / André Pinheiro(SC) / Marlene Rothbart (SC)

21h30 – Performance: Música para modelos vivos movidos a moedas (Ricardo Aleixo – BH)
Local: Galeria Municipal de Artes

10/08 – Terça-feira

MESA 2: literaturas
Horário: 20h
Local: Célio`s Restaurante
Convidados: Ricardo Aleixo (BH) / Sebastião Aragão (SC) / Enzo Potel (SC)

21h: Apresentação: Os Poets (RS)

11/08 – Quarta-feira

MESA 3: Poesias e Novos Suportes
Horário: 20h
Local: Célio`s Restaurante
Convidados: Clarah Averbuck (RS) / Claudio Daniel (Revista Zunai)(SP) / Carlos Schroeder

22h – Apresentação Musical: Chorões do Porto (SC)
Local: Célio`s Restaurante

12/08 – Quinta-feira

MESA 4: Algaravia
Horário: 20h30
Local: Célio`s Restaurante
Convidados: Ronald Augusto (RS)/ Cristiano Moreira (SC) / Fernando Karl (SC)

22h – Performance Telma Scherer (RS)
Local: Célio`s Restaurante

13/08 – Sexta-feira

MESA 5: Poesia em Periódicos
Horário: 20h
Local: Célio´s Bar
Convidados: Suzana Scramim (SC)/ Ademir Demarchi (SP) / Dennis Radünz (SC)

22h – Sarau Cooperifa (SP)
Local: Célio`s Restaurante

14/08 – Sábado

MESA 6: POESIA E COM-TATO
Local: Célio`s Restaurante
Horário: 20h
Convidados: Rhyana Gabech (SC) / Raquel Stolfl (SC) / Telma Scherer (RS)

22h – Performance Palavra Muda com Coletivo 3ª Margem(Itajaí)
Local: Pier Café (Rua Hercílio Luz, 137)

15/08 – Domingo

21h – Espetáculo Pequeno Inventário de Impropriedades (SC)
Local: Teatro Municipal de Itajaí