quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mas que falta de educação, gente!

Pessoal, não costumo postar artigos alheios aqui neste meu blog, apenas quando os acho relevantes e esclarecedores. Pois bem, aqui vai um que está no blog Escrevinhador do jornalista Rodrigo Vianna, que no meu entender, vale apena dar uma olhada:

“Publico artigo do professor Newton Lima, ex-reitor da Universidade Federal de São Carlos, e prefeito daquela cidade por duas vezes. Um dos maiores especialistas em educação, ciência e tecnologia no Brasil, Newton Lima é candidato a deputado federal pelo PT em São Paulo.

EDUCAÇÃO: O TRISTE LEGADO TUCANO

por Newton Lima*

Se é verdadeiro que – sob o governo Lula – o Brasil voltou a crescer de forma vigorosa, igualmente forçoso é reconhecer que o problema da falta de mão-de-obra qualificada é um dos temas mais sensíveis para garantir esse crescimento de forma sustentada.

Você sabe por que isso ocorre? Porque o então ministro da Educação de FHC, Paulo Renato, por intermédio da Lei 9.649/98, engessou a expansão das universidades e escolas técnicas federais, resultando na carência de profissionais que hoje assistimos.

Afora essa ação irresponsável, as sérias deficiências recentemente demonstradas pelos professores da rede estadual em São Paulo, em exame feito pelo próprio Paulo Renato (hoje, secretário de Educação em São Paulo), deixa patente a triste maneira como foram formados em larga escala, em desqualificadas faculdades privadas, que proliferaram durante sua gestão no MEC. Parece ironia do destino, mas a sabedoria popular nos ensina que quem planta, colhe!

Ainda bem que o presidente Lula corrigiu também aí os graves erros cometidos por FHC. Por meio da Lei 11.195/05, a União retomou a iniciativa de formar profissionais qualificados.

Resultado: em oito anos, saltamos de 140 escolas técnicas – criadas ao longo de um século – para 354 (uma expansão de mais de 150%; no governo do “príncipe dos sociólogos” apenas oito novas escolas técnicas federais foram criadas), 16 novas universidades federais e 124 novos “campi” pelo interior do país, a maior expansão educacional já realizada por um governo em nossa história. Parece incrível, mas como o PSDB não aprende com seus erros e não vê a educação como política estratégica para o desenvolvimento e construção da cidadania, um deputado federal tucano de São Paulo fez de tudo para impedir a aprovação dessa iniciativa do presidente Lula na Comissão de Educação da Câmara. Felizmente, ele e seu PSDB foram derrotados pela maioria.

Voltando a São Paulo, onde a Educação regrediu em todos os aspectos, é lamentável que pais e mães olhem para um filho que sai do 3º ano do Ensino Médio tendo conhecimento equivalente ao do último ano do Ensino Fundamental. É triste verificar que toda uma trajetória profissional e de vida pode estar
comprometida pelo tratamento inadequado dado à principal política pública com a qual um governo deve se preocupar.

Falo com a autoridade de quem, quando prefeito de São Carlos, aplicou 33% do orçamento municipal em Educação e o resultado foi tornarmo-nos a campeã brasileira de proteção à juventude, com o menor índice de vulnerabilidade juvenil do país (segundo o Ministério da Justiça e o Fórum Nacional de Segurança Pública).

A última que os tucanos aprontaram foi a estapafúrdia idéia do chamado “vale-presente”, pelo qual a Secretaria da Educação daria R$ 50 a alunos que, em dificuldades com matemática no fim do Ensino Fundamental, não faltassem às aulas de reforço a serem dadas por outros alunos do 2º e 3º anos do Ensino Médio intitulados “tutores”. Ante à gritaria generalizada da sociedade, o secretário Paulo Renato recuou e engavetou a proposta para 2011 alegando que “é um projeto que está muito cru”.

Que triste legado! É imperativo a reversão de tal quadro. Educação é coisa séria e não pode ser tratada de forma amadora, afinal de contas é a vida e são os sonhos de milhões de jovens que estão em jogo.

*Newton Lima, doutor em engenharia e professor universitário, foi prefeito de São Carlos (2001-2008) e reitor da UFSCar (1992-1996), e concorre a um mandato de deputado federal pelo PT de São Paulo.”

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nada
















Nada

A cidade estava deserta. Havia a rua e a ruela. Uma árvore ressequida. Morta. Esquelética. Raízes expostas sobre a calçada puída. Decadência. Uma urgência pra lá de deletéria. O sol teimava em aparecer, assim como os pássaros, que haviam se recusado a voarem naquele dia. Da janela um cheiro de cravo branco avançava pela quadra. Um caixão com um homem que um dia fora. Uma lágrima escorria. Prova de uma vida trocada. Abandonada para dar lugar a solidão e a um nada.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Requentando 2!


















Este meu post de 13 de Dezembro de 2009 ainda está válido!

"Um dia antes de retornar de Buenos Aires, impregnado de pensamentos acerca de política e, principalmente, com toda a repercussão que o governo de Lula tem causado na Argentina e mundo afora, terminei sonhando sobre o assunto: política. Só que o sonho não se referia à Argentina, mas à cidade onde vivo: Itajaí, Santa Catarina.

O sonho foi tão interessante que, ao acordar, imediatamente resolvi escrever o que ainda lembrava dele. Aliás, segundo a minha mulher, eu lembro de quase tudo que sonho. Relato-os como se fossem histórias, daquelas lidas para entreter os sobrinhos ou netos, em dia de muita chuva e frio, em frente à lareira. Eu havia sonhado que Felipe Damo era o novo prefeito de Itajaí.

Bom, resolvi não descrever o sonho em si, mas escrever o que penso sobre a candidatura de meu amigo Felipe Damo à prefeitura de Itajaí, caso, quem sabe, ele decida se candidatar ao cargo um dia.

O que faz um bom e eficiente alcaide? São tantas as coisas que além das virtudes, também algumas atitudes pouco simpáticas, que podem, muitas das vezes, serem alcunhadas como defeitos antipáticos às vistas do povo. Eu, particularmente, acho que é preciso mudar os conceitos acerca da , digamos assim, profissão. É, profissão porque, de um modo ou de outro, os que exercem esta atividade, estão sendo remunerados pelos seus serviços. Assim, vejo que se trata de uma atividade profissional como qualquer outra.

Estou postando este artigo, ou reflexão, como queiram, porque por esses dias em que estive fora do Brasil, pude rever algumas coisas, relacionadas à vida na cidade que escolhi ou não, como diria o Veloso, para viver. Lá se vão quase 9 anos aqui vividos, observando os entremeios da vida política e cultural da cidade. Hoje chego á conclusão de que Itajaí precisa mudar. Mudar em todas as áreas. Principalmente, naquela referente à política e, particularmente, na prefeitura do município. Se hoje me indagassem em quem eu votaria para prefeito da cidade, eu não teria dúvida nenhuma e diria de boca cheia, sem medo: Felipe Damo.

Talvez esta revelação possa constranger muita gente da cidade. Todavia, eu justifico a minha escolha - cega, vocês diriam. Claro que é uma simples e humilde opinião de cidadão, mas que representa o meu pensamento acerca do assunto que posto. Por que Felipe Damo? Porque se trata de um jovem que em minha opinião, tem todos os requisitos para fazer uma mudança significativa na prefeitura de Itajaí. As mudanças que sua população espera, mas não tem voz para reclamá-las.

Damo tem a idade certa para assumir tal cadeira e olhar os problemas da cidade com os olhos de quem já tem uma boa experiência, tanto na política, como na vida comum de qualquer cidadão. Ele é pai, é amigo, é um militante equilibrado dentro de suas hostes políticas e tem um senso de justiça, que falta a alguns pretendentes ao cargo - assim como falta aos ex-ocupantes do mesmo. Damo, é humanista, mas também é pragmático. Indivíduo organizado e zeloso. Articulado. Fala com convicção do que pensa. Orador como ninguém. Quem o vê declamando seus poemas como de outros poetas sabe do que eu falo. Negociador nato. Sabe ponderar quando necessário. Tem um pensamento positivo sobre a cultura e sabe o que falta pra fazê-la solidária e exitosa pra sociedade de Itajaí. Damo é nascido no seio de classe trabalhadora, descendente de Italianos, onde os valores familiares são fortes, contudo, não tão fortes que não possam ser flexíveis diante dos interesses públicos. Seus valores, me parece serem os mesmos de qualquer cidadão honesto desta comunidade.

Assim, lanço a sua candidatura à prefeitura da cidade de Itajaí, sem medo de errar em minha proposta. Tenho a convicção de que Felipe Damo faria um grande e inesquecível governo e que Itajaí daria um passo para fora da mesmice e inércia em que vive há muito tempo. O povo itajaiense merece o melhor. O melhor, neste momento é o jovem atual presidente do PT, jornalista, poeta e cronista, Felipe Damo. Quiçá o futuro prefeito de Itajaí.

Pois é, sonho é isso mesmo. Revelam nossos mais profundos desejos. Espero, sinceramente, que esse, em particular, venha se tornar realidade um dia. Sim, Felipe Damo para prefeito! Por que não?"

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Requentando!

















O FIM DO ANO E O FIM DO MUNDO

O neto tinha ido buscar sua avó, para a comemoração da passagem do ano. Eles vinham felizes, conversando; o neto dirigindo e a sua avó ao seu lado. A estrada estava tranqüila, havia pouco movimento naquela hora da noite.

- Vó, desde que eu me entendo de gente, todo ano dizem que o mundo vai acabar, mas nunca acaba. No tempo da senhora era assim?

- Não, eles diziam que o fim do mundo só chegaria quando a gente morresse. Agora, pra mim, eu acho que o mundo vai acabar ainda este ano.

- Por que a senhora diz isso?!

- Porque, você passou direto pelo aviso que dizia:”Cuidado, precipício a 100 metros!”