terça-feira, 30 de agosto de 2011

Duplas, nem pensar na Paulista!












Gente da terra e adjacências! Mais um atentado aconteceu nas proximidades da famosa Avenida Paulista, contra... Contra? Contra o quê?! Provavelmente, perpetrado por homofóbicos, amebas, protozoários que pululam pela paulicéia.

Agora, qualquer dupla de homens, sejam eles Sherlock&Watson, Geraldo Alkimin&Guilherme Afif, Pai&filho, Tio&Sobrinho, Irmão&Irmão, Toquinho&Vinícius, Amigo&Amigo, Batman&Robin, Pelé&Coutinho, PM&PM, Xitãozinho&Xororó e por aí vai, passam a ser vítimas de outras duplas de imbecis, que não se conformam em não terem alguém para compartilhar suas mazelas, suas frustrações, seus medos e nem mesmo, coragem de sair dos armários que eles mesmos se impuseram. Vergonhosa, para não dizer patética essa atitude que só envergonha os paulistanos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Com a idade e a coragem de uma cidadã de um Brasil Novo!







Pessoal, são atitudes desse tipo que me fazem ser otimista com relação ao futuro dessa nação. Como sempre, está nas mãos dos mais jovens o destino do Brasil. Será ele, o jovem, que trará ao povo seu verdadeiro destino, que é de viver em uma nação justa, democrática, socialista e exemplo para o resto do mundo. Parabéns à Marcia por sua disposição, coragem e cidadania. Ah, se metade dos jovens (velhos também!) tomassem atitudes desse tipo!
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"A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva choca, impressiona e orienta os interessados.

A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação.
Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade " E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens".

A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição".

Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas.

"No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza.

A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre.

Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras.

Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado.

Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", acrescenta.

Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condições para gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui. A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso e formou-se em agosto de 2008.

Ela não sabia que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.

FONTE: JORNAL AGORA

Comentário: E agora, como fica a situação. Quem vai apoiar a advogada?... Ministério Público?... Movimento popular?...
Ela sozinha não vai conseguir convencer o poder constituido
.
Vamos ao menos espalhar essa notícia, isso nós podemos fazer para ajudar.

Atenciosamente,Dr. Roberto CarlosConsultor JurídicoAdvogado-Especialista em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário pela EPDS-Escola Paulista de Direito Social

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Até quando?























O livro de Eduardo Galeano A Veias Abertas da América Latina é mesmo um tremendo estudo da história, nu e cru, acerca do continente sul-americano. Durante a leitura do mesmo não existe ninguém que resista sem se indignar ou ficar triste com os relatos históricos. É mesmo cruel a trajetória dos povos desse continente; desde a chegada dos primeiros europeus, até os dias de hoje os povos dessas terras continuam sofrendo as piores humilhações de servidão e total abandono. O livro de Galeano, mesmo escrito nos anos 1970, continua atualíssimo, coisa que o autor lamenta, assim como eu também lamento. Estamos no século XXI e pouco mudou; foram 500 anos de espoliação, usura, escravidão, miséria, fome, trucidações, barbárie. 

Esse trabalho, recheado de citações bibliográficas, no meu entender, deveria fazer parte dos estudos de história nas escolas públicas de todos os países que compõem o referido continente. Este é um trabalho para fazer refletir sobre como ser cidadão, ser patriota e solidário com os nossos pares e a favor das causas dos desvalidos e abandonados dessa sofrida América Latina. 

A propósito, o livro foi presenteado a Barack Obama pelo presidente Hugo Chávez na 5ª Cúpula das Américas. Presentaço!

sábado, 20 de agosto de 2011

Erotismo faz bem à saúde
















Se te apeteço, primeiro
Toma-me em tuas mãos e, devagar, tira-me a roupa; 
peça, por peça, até que eu fique, completamente nua. Só
então tu podes ter-me somente
tua.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Suicida continua causar frison!






















Gente boa desse meu Brasil varonil. Num é que o meu livreto, O Suicida, anda mesmo causando momentos de êxtase (hehe) nos incautos leitores que o tem lido? Foi bom pra você. Foi bom pra mim! Diz o dito. 

Recebi num espaço pequeno de tempo duas mensagens que me deixaram muito contente: uma foi de um leitor de Salvador, Bahia, que encontrou o dito cujo na biblioteca de Salvador e que o deixou a certa altura, durante a sua leitura, pagando mico, pois o coitado do leitor, não conseguia conter o riso diante de  uma platéia de circunspectos frequentadores da casa pública de leitura da capital baiana. 

A outra, foi de uma velha amiga e grande gourmet, que levou o livreco para a praia. Minha amiga se deliciou com o dia ensolarado e com as modestas linhas escritas por este que vos fala. Essa é a segunda vez que ela lê o livro.  

Bom demais da conta!

Aviso que o tarzin está disponível nas Livrarias Cultura de Recife, Martins Fontes da Paulista em Sampa, Catarinense/Curitibanas e Casa Aberta em Itajaí, SC. 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A vida mais uma vez imita a arte


Gente, incrível como existem coisas que nós não sabemos como podem nos acontecer. Fazendo uma reflexão, eu cheguei a conclusão que o nosso corpo nos aprisiona, nos oprime, nos condiciona a existir de muitas formas e tamanhos, nos eliminando da existência, num piscar de olhos através de suas fragilidades e mazelas. Nma parceria com a nossa alma, como uma dupla caipira. A dupla segue a mercê das vontades de um deles, no caso o corpo, que diz quando a dupla deve terminar a grande turnê que é a vida. Ô corpinho metido e safado!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Nas brumas da Paulista











Gente, cá estou outra vez na paulicéia. Diante de tanta informação visual, um grande laboratório sociológico a céu aberto e poluído, só restou me confinar na área de recreio da Paulista e lanchar Eduardo Galeano com seu utualíssimo As Veias Abertas da América Latina, Edwin Williamson com o seu Borges Uma Vida, Mary Del Priore com o seu Histórias Íntimas. A propósito, minha saudosa madre sempre dizia: leva lanche de casa, assim não gastas dinheiro, meu filho! Resolvi ouvi-la  e trouxe comigo para o recreio da Paulista,  Lapis de Cor para Daltônicos de Enzo Potel, além dos Quarteto de Cordas para Enforcamento de Gregory Haertel e Quando Cai um Rio do Céu de Daniel dos Santos, além disso, para completar o lanche uma seleção de Contos de Júlio Cortázar editada pela Saraiva com o selo Seleção Vira-Vira. Só espero não ter uma congestão e o que é pior, ter uma baita de diarreia de letras e imaginação! Por falar em imaginação, tá aqui uma frase que me lasquei de gostar: "Não vejo a hora de, de uma vez por todas, ser todo imaginação." - Enzo Potel


Inté mais ver, gente boa!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Eu e o novos baianos
















(Ivana, eu e Beto no lançamento de meu livro ONDE O DIABO PERDEU AS BOTAS)


Visitei a Casa Aberta (Livraria, Editora e Sebo), outro dia, e lembrei dos meus amigos Beto Severino e Ivana que agora estão baianando pela Salvador, sob o sol quente e as ondas calmas da Barra. 


Pois é meu rei, minha rainha, pena que  faz um tempo danado que não papeamos, mais. Contudo, eu, Beta e Enzo falamos muito de cê dois!

De papo com a censura.



















Pessoal, acabei de ler uma entrevista - pouco vista nesses últimos tempos- no blog de, nada mais, nada menos que Chico Buarque de Hollanda - Sanatório Geral. A inusitada conversa é com um ex-censor da época de chumbo ( Médici e Geisel). Vale dar uma passada pelo blog do grande Francisco. Aqui está o link: http://www.chicobuarque.com.br/sanatorio/censor.htm

Bom final de semanal!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Em cartaz, faz tempo!


















Gente, eu nunca imaginei que poderia ver com os meus pobres olhos míopes, o caos que está a cidade de Itajaí. A cidade peixeira virou uma pequena São Paulo naquilo que é pior na capital paulista: o congestionamento. 

O caos que se instalou no trânsito da cidade, é mesmo digno da falta de planejamento e descaso com a população. É certo que justifiquem o inferno instalado, como para o bem da nano-metropole do vale, mas convenhamos, decidiram abrir buracos em todas as vias do centro da cidade ao mesmo tempo e ainda por cima só trabalham durante o dia. O povo desta cidade é mesmo paciente e dócil. Uma pena, pois o que me parece, é que os itajaienses são masoquistas e o que está acontecendo é mesmo digno de um filme de catastrofe e estrelado pelos peixeiros.

Meu deus! Parece que quanto mais apanha mais o povo gosa!

Acorda povo, que o dia já raiou!

sábado, 6 de agosto de 2011

Coisas da China























Coisas da China



No Norte da China, havia três majestosas montanhas. Todas as três muito verdejantes. As três salpicadas, aqui e ali, de branco e rosa pelas flores das cerejeiras e das magnólias.


No sopé de uma delas, conhecida como Mezanino de Deus, onde touceiras de bambuzais se moviam, de um lado para o outro, como aplicados dançarinos embalados ao som melodioso do vento, havia um riacho de águas límpidas, que corria lentamente, vale abaixo, como uma serpente prateada e preguiçosa. Na margem direita, erguia-se um pequeno mosteiro budista, em cujo jardim interno, conversavam o mestre e seu pupilo.


- Mestre Zu, eu quero encontrar a sabedoria. – disse Hua, como que entoando uma melodia suave de uma flauta feita de bambu.


- Vai, caminha até ela. – respondeu o mestre Zu, sem mexer um só músculo da face e cujas palavras saíam de sua boca sem dentes, como uma brisa primaveril.


- Mas eu não tenho pernas. – respondeu Hua, mantendo-se cabisbaixo, observando as formiguinhas indo e vindo de um resto chupado de kiwi.


- Então usa tuas mãos. – disse o mestre Zu, recolhendo as suas nas mangas largas de sua veste laranja e roxa.


- Mas eu não tenho mãos, mestre. – falou Hua, como uma borboleta que quer deixar o casulo e não consegue por estar ainda cedo para alçar vôo.


- Rasteja, então. – disse o mestre, agora levitando acima do canteiro de pelargônios.


- Rastejar, eu não sei, mestre. – respondeu entristecido, o pupilo, agora elevando o olhar para o topo do telhado do pequeno mosteiro, onde dois rouxinóis se acasalavam.


- Como queres, então, encontrar a sabedoria se nem rastejar tu sabes, ainda. – falou o mestre flutuando até o prédio principal do mosteiro e desaparecendo no breu dos corredores.


Hua encolheu-se e permaneceu ali, entre os pelargônios, até o dia em que brotou do jovem pupilo uma flor viçosa e muito rosa.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A estupidez é crônica e a covardia é endêmica

Pessoal, mais uma demonstração de covardia e estupidez perpretadas por jovens na cidade de São Paulo contra outros jovens. Os paulistanos não estão sabendo conviver com o diferente, ou melhor, não suportam se ver nos outros. Qualquer hora dessas iremos ter uma guerra sangrenta nas ruas da paulicéia entre heteros sensatos, juntos com os homossexuais, contra as ignóbeis amebas que se travestem de homens. Um descalabro total. O que estão fazendo com a cidade de São Paulo é pura maldade. Querem vê-la destruída. Se continuar assim, vão conseguir e a cidade heterogênea, cosmopolita, acolhedora, diferente, só existirá na lembrança daquelas pessoas que um dia a apreciaram.


As agressões homofóbicas em São Paulo



Enviado por luisnassif, sex, 05/08/2011 - 14:51

Por wilson yoshio.blogspot

Do G1

Jovens gays são agredidos em estação do Metrô de SP

Agressão aconteceu na noite desta quarta-feira, na Estação Anhangabaú. Ataque ocorreu após amigos se abraçarem.


Do G1 SP

Dois jovens homossexuais foram agredidos por três adolescentes quando esperavam o trem na Estação Anhangabaú de Metrô, na Linha 3–Vermelha, na noite desta quarta-feira (3), no Centro de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os jovens, de 22 e 23 anos, contaram que eram amigos e que foram agredidos pelo grupo no momento em que se abraçaram. Eles tiveram ferimentos leves.

Ainda segundo a secretaria, os três adolescentes, um de 16 e os outros dois de 17 anos, foram advertidos pelos guardas metroviários momentos antes de atacarem os gays. De acordo com os guardas, eles pularam a catraca do Metrô sem pagar. Quando chegaram à plataforma para esperar o trem, viram os dois amigos se abraçando e começaram a agredi-los. Eles foram contidos pela guarda.

O caso foi registrado como ato infracional na Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom). Os adolescentes foram entregues aos seus pais após a assinatura de um termo de compromisso para que eles compareçam à Vara da Infância e da Juventude.

A assessoria de imprensa do Metrô confirmou a agressão e afirmou que os dois amigos agredidos foram atendidos na sala de primeiros socorros da estação após a ocorrência.

Viva a ignorância!

















Pessoal, estava eu fuçando uns jornais online quando me deparei com essa matéria, assinada por Homero Fonseca, um intelectual pernambucano. Achei muito interessante o depoimento do autor cubano Juan Gutierrez. Confiram e comentem se forem capazes!





A NECESSIDADE DE SER UM POUCO IGNORANTE

(Matéria de Homero Fonseca / InterBlogs /04 de Agosto de 20011 às 12:23- Foto: Ana Fonseca)
Pedro Juan, apresentado pelo locutor que vos fala, na Bienal de PE/2009
Pedro Juan Gutierrez, o autor cubano que esteve na última Bienal do Livro de Pernambuco, me manda de Havana uma entrevista recente dele à revista eletrônica de cultura espanhola Culturamas.

Excelente, precisa, clara a fala desse “animal tropical” que desmistifica… muita coisa. A começar pela vida em Cuba, sempre literariamente tratada.

Pincei uns trechos antológicos da entrevista:

“Escreve-se por assombro. Eu, ao menos, escrevo sempre a partir do assombro. Um costume que seguramente obtive fazendo jornalismo durante 26 anos.”

“Pensar é um luxo. Poucas pessoas neste planeta pensam. Com critérios próprios, esclareço. Por isso, os políticos de todas as épocas e em todos os países temem os escritores, os intelectuais, os filósofos. E os reprimem ou lhes dão prêmios, para calá-los e torná-los gratos. Somos uma espécie perigosa. Eu já rejeitei prêmios para que não me fodam a vida”.

Sobre a questão do conhecimento acadêmico por parte dos escritores (digo eu: parece que todo escritor, para ser
 up-to-date, precisa fazer algum mestrado), ele desfere uma flechada certeira:

“Não há necessidade de saber tanto. O excesso de conhecimento destrói a audácia, a criatividade, a ousadia. Há que ser um pouco ignorante. Não muito. Só um pouco”.

Con permiso, assino embaixo.

A entrevista completa, em espanhol, está no saite:

http://www.culturamas.es/blog/2011/08/01/pedro-juan-gutierrez/



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Revisitando

Obcenas palavras

Quando abriste as pernas,
Vislumbrei a tua vulva.
Tinha vida, tinha a graça da luxuria.

Olhei e me vi em seus óculos
De lentes cravejadas de pontinhos;
Resquícios doces de uma banal ejaculação.

Vi-me nu e tão somente nu.
Você não me revelou segredo algum.
Mas sorriu da minha ereção vespertina
Que você tanto insiste em contemplar.

Não posso mais olhar você como antes.
Você não é minha, afinal. Eu sei.
Nunca mais a terei em meus beijos.
Molhar-lhe, sujar-lhe e por fim cair sobre você
Como uma pedra rolando de um barranco.

Você apenas me olhou e beijou a minha secreção.
Depois, você foi embora sem dizer nada,
pois jamais estivera comigo.
Ficaram de nós dois apenas um olor,
uma tênue fragrância de sua vulva úmida.

Nunca mais, nenhum sentido.
Nem minha ereção marginal,
nem seu olhar míope e fugidio
para justificar as suas pernas abertas.

Molhado

Na casa de Bernarda e Alba, abundavam pererecas.

Ato

O homem que comia livros morreu de indigestão, literariamente.

Fato

Perguntado quantos anos tinha, ele respondeu: Comecei a morrer há 35 anos.